Orientações. Como ingerir as águas minerais?

Instrução sobre o uso interno das águas minerais

(Dr. Benedictus Mário Mourão – texto extraído do livro Hidrologia Médica))

1) As águas mineromedicinais são tomadas ao pé da fonte, nos bebedouros ou fontanários, em jejum, fracionadamente; as outras doses serão distribuídas durante o dia, sendo bebidas a intervalos regulares de 10 a 20 minutos, a ingestão sendo suspensa uma a duas horas antes e depois das refeições.
2) O número de ingestões, varia, entre elas, de duas, três ou cinco vezes.
3) A dose matinal é a mais importante e, se possível, o “aquista” deverá permanecer em decúbito dorsal, as outras horas mais aconselháveis são antes do almoço e jantar.
4) Começa-se de hábito, o tratamento com doses reduzidas, aumentando-se, progressivamente, até o limite estabelecido e diminuindo-se no fim da temporada.
5) As doses elevadas de outrora foram abandonadas, preferindo-se as moderadas e, muitas vezes, as pequenas doses.
6) As ingestões ante e post-prandium, próximas do ato alimentar, ministra-se aos dispépticos.
7) A distribuição mais dividida e uniforme reservam-se às doenças da nutrição.
8) Para melhor absorção do radônio as águas radioativas devem ser usadas durante as refeições. Não há inconveniência de se tomar, no período das refeições pequenas quantidades de águas carbogasosas sul-minerais, sendo de bom aviso, não usá-las depois de terminado o repasto.
9) Uma técnica aconselhável consiste em propiciar a água termal, aos goles, durante o banho de imersão; o balneante deverá estar em jejum ou feito ligeiro desjejum, uma a duas horas antes; além da crenoterapia previne-se possível crise termal.
10) Deve-se beber a água tal como sai da fonte, sendo desaconselhável a adição de outras águas, açúcar, leite, xaropes, suco de frutas e medicamentos.

(Dr. Benedictus Mário Mourão – texto extraído do livro Hidrologia Médica)